Olá amigos, um bem-haja para todos. Tenho lido algumas das muitas histórias que aqui são descritas, mas, nunca tive incentivo para descrever a minha história. Hoje algo me puxou para o fazer. Sem pretender minimamente ofender quem tenha uma maneira de pensar diferente da minha, pois compreendo que os seres humanos não são todos iguais, cada caso é um caso, vou resumir o meu caso. Chamo-me José Cunha, tenho 57 anos, em Julho de 2003, embora me sentisse esplendidamente bem, por mera curiosidade fui ao médico assistente e solicitei um exame geral, sendo-me detetados num dos ditos exames, dois pólipos nos intestinos. A principio achei que era uma coisa simples e não dei grande importância, todavia a conselho do mesmo médico fui consultar um especialista (cirurgião), que de imediato me mandou fazer a colonoscopia e uma biopsia, continuei numa boa, comia e bebia normalmente, nunca pensei que tinha um problema grave nos intestinos, até á data em que voltei à consulta e o especialista me disse que tinha um temor no recto. Nesse momento, o mundo desabou, senti-me indefeso, as lágrimas não se fizeram esperar, senti que era o fim da minha existência e que não estava preparado para tal, sai dali numa grande agonia e quando dei por mim estava defronte da Cruz de Cristo, falei com Ele, lamentei-me da triste notícia que tinha recebido e após alguns momentos, senti que algo me estava a confortar, veio-me á mente a minha condição de humano e que não era o único que passava por tal situação. Levantei a cabeça e fixando o Crucificado, encarei tudo como se de uma situação quase normal se tratasse, isto é, como que se tivesse partido uma perna, ou algo parecido e que não era o fim. Nunca desabafar com ninguém sobre a minha situação, nem mesmo com a família, pois não quis que eles sofressem com a minha situação e só mesmo na véspera do internamento (um domingo à tarde), lhes disse que ia ser internado para fazer uma pequena cirurgia. Fui operado em 3 de Novembro desse ano, estive internado quatro dias, depois começaram os tratamentos de quimioterapia e etc.. Já se passaram sete anos e recordo como o pior da doença o momento em que tive conhecimento da mesma, pois quanto ao resto, com Fé em Deus, confiança nos especialistas e sem desânimos, estou convito que a vida segue em frente e quiçá, com mais força. Não quero ser maçador, peço a todos quantos têm passado por situações como a minha que tenham muita Fé e que nunca pensem que é o fim pois só Deus sabe quando nos vai chamar e enquanto essa hora não chega façam o favor de tentarem ser felizes, muito felizes, e, naqueles momentos de angústia, não se pode desanimar, temos de nos lembrar sempre,sempre, que perto de nós está sempre um verdadeiro Anjo da Guarda. Que Deus nos abençoe a todos e nos ajude a encarar este período da nossa vida como uma passagem menos boa, muito bem hajam todos os que padecem ou já padeceram deste mal e um muito obrigado para todos os que têm ajudado a vencer tal mal. José Cunha
|