D. Sandra:
Eternizamos os momentos...
Estas três palavras apenas, são de uma profundidade tão grande, de um sentimento tão verdadeiro, que me puseram a pensar desde o momento que as li; fiquei bloqueado na resposta que elas merecem, sem poder escrever algo sobre as mesmas... O que é que eu vou escrever a esta Senhora, sobre elas, que faça algum sentido? Mas estava decidido e determinado que havia de escrever sobre esta frase que calou tão forte dentro de mim... E, há momentos, quando comecei a escrever, deixei que os dedos batessem o teclado ao sabor de não sei quê, mas desta vez, tenho que ir até ao fim... O seu testemunho é de uma sinceridade que faz pensar... porquê não escreveu mais cedo? Porque não escreve mais vezes?
Perdoe-me que lhe diga: não é por ter referido o meu nome, que estou a escrever; as suas palavras, que desde já agradeço, vieram aumentar a minha responsabilidade nos "testemunhos" para a qual não me sinto preparado; escrevo o que me vai na alma, mais nada. Ao longo dos anos que vão passando as nossas recordações dos bons e maus momentos, não param de surgir nos nossos momentos de silêncio, de solidâo, de isolamento e até recolhimento; vêm e vão, uns atrás dos outros, aos milhares, em catadupa indefenida,em turbilhão desordenado, sem nexo por vezes, incessantes... carregados de saudades!
Sei do que fala, sei o que lhe vai na alma, porque já passei e estou a pasar por isso!
Temos de prosseguir, temos de continuar a jornada que para cada um de nós foi traçada por Mão poderosa e sábia, custe o que custar até ao fim...
D. Sandra, bem-haja pelas suas palavras que de todo não mereço. Escreva!
Respeitosos cumprimentos A. Barreiros Viseu, 08/08/2011
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