Novo agente de contraste facilita diagnóstico do cancro do cólon
2011-07-01
Um novo agente de contraste pode tornar o cancro do cólon mais fácil de ser diagnosticado. A abordagem, financiada por investigadores do Research Council of Norway, utiliza uma óptica avançada que ilumina pólipos geralmente invisíveis. Entre todos os tipos de cancro, o cancro do cólon ocupa o segundo lugar atrás apenas do cancro do pulmão em número de mortes, avança o portal ISaúde.
“Acreditamos que há muito a ganhar com a melhoria de diagnóstico para esse tipo de cancro", disse o gerente do projecto Geir Torheim da GE Healthcare. "Há fortes indícios de que agora podemos tornar muito mais fácil a detecção da doença, mas também a remoção dos pólipos", acrescentou.
Pensava-se que o cancro do cólon seria relativamente simples de detectar através de uma colonoscopia. Um instrumento inserido no mesmo tubo do exame é usado para retirar os pólipos. No entanto, tornou-se claro, que estes pólipos não são facilmente visíveis. "Os médicos descobriram que também há planos pólipos no cólon que são muito mais difíceis de detectar visualmente. O novo agente de contraste será valioso para detectar estes pólipos", explicou Torheim.
O agente de contraste para a deteccão de cancro do cólon, o GE-137, é um agente alvo, ou seja, uma vez que é injectado por agulha no braço do paciente, ele procura o cancro. Após cerca de 90 minutos, a substância é absorvida em áreas onde cancro está presente.
A abordagem funciona em grande parte da mesma forma que os modelos anteriores, mas também emite uma luz vermelha forte. O agente de contraste muda a cor dessa luz para que possa ser detectado pelo equipamento de filmagem e comparado com imagens de cores regulares.
Num protótipo de um cólon contendo pólipos malignos invisíveis, estes crescimentos perigosos são de fácil visualização quando a luz vermelha é dirigida a eles. O agente de contraste e os novos equipamentos médicos poderiam facilitar enormemente a tarefa dos cirurgiões na mesa de operação.
A nova abordagem já foi totalmente testada em animais e os investigadores lançaram um ensaio clínico de fase 1 em pessoas.
2011-07-01 | 12:39
Publicado no Portal de Oncologia Português