Europacolon denuncia dificuldade na marcação de colonoscopias
Continua a ser muito difícil marcar uma colonoscopia, com ou sem anestesia, alerta a Associação de Luta Contra o Cancro do Intestino. Na grande Lisboa e no interior do país, as clínicas que têm convenção com o Estado não estão a aceitar inscrições.
Em declarações à TSF, o presidente da Europacolon - Associação de Luta Contra o Cancro do Intestino, Vítor Neves, diz que na região de Lisboa só há uma clínica a fazer o exame para diagnóstico das doenças do cólon e do recto.
«Na semana passada, fomos rever o site da Direção Geral de Saúde (DGS) e das cinco empresas que estão lá que aceitam fazer colonoscopias através do Serviço nacional de Saúde (SNS), só uma é que aceita inscrições e tem um prazo mais ou menos aceitável de um mês. Todas as outras recusam aceitar inscrições porque os prazos e as listas de espera que têm são enormes», denuncia Vítor Neves.
O presidente da Europacolon diz que estes dados vêm confirmar os receios da associação «de que não há alternativa, sobretudo na zona da grande Lisboa, nem no sistema convencionado que era ótimo que estivesse a funcionar e estivesse a funcionar para auxiliar o SNS».
Contactado pela TSF, o presidente do colégio de Gastrenterologia da Ordem dos Médicos confirma que é difícil encontrar quem faça o exame, não só em Lisboa como no interior e no sul do país. Ainda assim, José Cotter diz que as colonocospias com sedação foram um grande avanço, pois há mais pacientes a aceitar fazer o exame.
«Existe uma acessibilidade mais fácil da população às colonoscopias, tem-se verificado uma maior adesão, os exames são manifestamente mais fáceis», refere José Cotter. No entanto, reconhece que ainda «existem algumas lacunas, principalmente na oferta desses exames em algumas regiões».
Há seis meses, as colonoscopias passaram a ser feitas com sedação. Para além da taxa moderadora do exame, acrescem sete euros da taxa referente à anestesia.
Áudio: http://clyp.it/vluzitrb
Fonte: http://www.tsf.pt/PaginaInicial/Portugal/Interior.aspx?content_id=4154817
Imagem: Reuters.com